O sentimento não pode parar.

Elenco Campeão da Copa do Brasil

Depois de oito anos e muitos vice-campeonatos a torcida cruzmaltina pode gritar que é campeã. Uma batalha ontem, no Couto Pereira, nada melhor pode descrever a final entre Coritiba e Vasco. Estádio lotado, reviravoltas no placar e muito mais, por fim 3x2 pro Coxa – mas como o time da carioca tinha vencido por 1x0 no Rio, venceu pelos gols fora de casa.

O jogo começou meio nervoso pra ambos os lados, logo no comecinho Fernando Prass fez uma defesa sensacional em falta cobrada por Jonas – Prass que é inclusive ídolo no Coxa jogou lá quatro temporadas e deixa saudade. Não demorou nem 5 minutos pra resposta do Vasco, contra-ataque que Diego Souza – aos 11 - acha Eder Luís na ponta, o atacante traz pro meio e rola pra trás achando o sempre artilheiro Alecsandro. Gol do Vasco e uma mão e meia na taça.

Alecsandro, artilheiro da competição, foi peça fundamental na final.

O problema foi que ai o Gigante da Colina relaxou, foi envolvido e virou coadjuvante no jogo. Aos 29 David leva pra direita e cruza pra área, pela primeira vez no ano, a zaga Vascaína se distrai e falha deixando a bola chegar a Bill que marca. No ultimo minuto do primeiro tempo, uma bola estranha dentro da área e mais uma vez a zaga do Vasco falha, Renatinho chuta e o goleiro Fernando Prass espalma pro meio, Davi completa e faz 2x1 pro Coxa. O jogo dava indícios de ser uma batalha campal.

Trem Bala da Colina.

E assim foi, apesar do começo de segundo tempo muito nervoso de ambas as partes. Só que aos 12 minutos Eder Luís domina a bola da intermediária e chuta despretensiosamente pro gol, a bola pega uma curva estranha e quica na frente do goleiro Edson Bastos que toma um frangaço, deixando o título de mão beijada pro time carioca. Era o que se pensava...

 Nove minutos depois, o Vasco afasta mal uma bola pra entrada da área, Willian domina e acerta um chute de rara destreza colocando no ângulo do gol cruzmaltino. O time do Paraná precisava de mais um gol e ainda faltavam pelo menos 25 minutos.

E foram 25 minutos de desespero, aflição e medo... Desde 2003 sem ganhar um título “de série A”, a torcida se calou logo depois dos 30 minutos e era impossível prever o futuro do jogo. Aos 38 Rafinha cruza pra dentro da área e Prass espalma pro meio, Bill dá um carrinho, mas o goleiro do Vasco chega antes pra evitar o pior. Nos últimos cinco minutos do jogo uma cena que ilustra todo o sofrimento e a angustia do torcedor do Gigante da Colina. Felipe, que é ídolo do clube e um dos jogadores mais experientes, estava sentado no banco com o capuz do casaco quase tampando seus olhos para não ver o final da partida.

Felipe no banco, fechando os olhos para não ver o jogo. 

E então era o fim, a oportunidade que todos os Vascaínos esperavam há oito anos. Foram oito anos de piadas, de tristeza e de uma frase “O Sentimento não pode parar”. Parabéns Vasco, parabéns por ter voltado a mostrar o quão grande você é e parabéns aos jogadores que deram a chance pros torcedores gritarem “É CAMPEÃO”.